Vida lentilhal: Misérias, migalhas e ”Pelo menos...”
Trocando a bênção do direito de primogenitura por um prato de lentilhas: “Então Jacó serviu a Esaú pão com ensopado de lentilhas. Ele comeu e bebeu, levantou-se e se foi. Assim Esaú desprezou o seu direito de filho mais velho” (Gn 25:34 ).
Algumas necessidades básicas podem induzir à perda de valores essenciais: Esaú não desprezou apenas seu direito de primogenitura, mas, principalmente, a bênção de Deus que fora decretada sobre sua vida.
É preciso sair da miséria para alcançar a prosperidade. Não devemos nos contentar com um “prato de lentilhas” em troca de uma bênção reservada a nós. Enquanto nos conformarmos com uma vida miserável, não poderemos desfrutar de uma vida próspera. É por isso que se perdem bênçãos!
Vive-se numa miséria conjugal quando o cônjuge deixa de cumprir com um dos aspectos que configura o casamento, quando não se doa como pessoa amiga para dialogar, quando julga suficiente o suprimento da dispensa e das finanças, quando entende que o casamento serve apenas para dar uma satisfação à família e à sociedade.
Nada disso “separadamente” pode prover a estabilidade necessária para uma união conjugal: não basta copular a cada três meses ou mais; não basta servir de companhia em ambientes sociofamiliares; não basta chegar cedo a casa e ligar a TV ou pegar no celular; não basta ser apenas um comerciante que paga algumas contas; não basta suprir necessidades alimentares...
Um cônjuge não deve se contentar com os “Pelo menos...”: Pelo menos paga as contas, pelo menos me dá ou faz isso e aquilo!!! “Pelo menos...” são migalhas que refletem miséria.
Há cônjuges se contentando com um “prato de lentilhas” em detrimento de uma bênção duradoura. Enquanto se contentar com a miséria, não vai lutar pela prosperidade. É preciso dar um basta e se decidir pela libertação da miserabilidade. Não se pode viver uma vida conjugal lentilhal, i.e., uma vida conjugal de miséria, migalhas e “pelo menos...”!!!
Nota: O termo “Lentilhal” (adjetivo) é um neologismo criado pela autora Monica Campello com base na passagem bíblica de Gênesis 25:29-34 em que Esaú vende o seu direito de primogenitura ao seu irmão Jacó em troca de um prato de lentilhas devido à fome que o acometia.
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