Qual, de fato, é a Igreja de Cristo, a física ou a espiritual?
Um crente ora para que outro (afastado da igreja por razões fortes, mas jamais afastado de Deus), volte para a igreja, e esse afastado em seu discernimento espiritual (porque em comunhão com Deus e não com homens) entende que aquele precisa se corrigir diante de Deus. Qual a base para tal entendimento?
Imagine que o primeiro crente da história acabou de chamar um conhecido de diabo, fofoqueiro e falso. Imediatamente após esses comentários, o conhecido apontado por ele surge e é recebido por ele da seguinte maneira: “Oi, meu amor, eu te amo, meu querido!”
Em seguida, pede ao interlocutor presente que não fale mais nada com aquele conhecido sobre o que conversavam, e isso logicamente inclui seus comentários temerários, pois fala mal, mas quer permanecer bem diante daquele de quem fala mal.
Após tantos vocativos amorosos ao infamado, a tensão prévia entre ele e seu interlocutor cessa, o que causa a impressão de que um bem veio de um mal, ou seja, como se a paz tivesse voltado a reinar a partir de um ato de falsidade. Mas, analisemos a situação segundo a palavra de Deus:
“Então por que não dizer: “Façamos o mal para que desse mal venha o bem”? Na verdade alguns têm me caluniado, dizendo que eu afirmo isso. Porém eles serão condenados como merecem” (Rm 3:8).
Façamos males para que venham bens?! Ou “Continuaremos pecando para que a graça aumente?” (Rm 6:1).
Não se deve concordar com isso. Precisamos ser verdadeiros o tempo todo. Que Deus nos ajude a lhe sermos agradáveis e recebermos a sua aprovação. Ou seja, Deus não afirma isso e, portanto, não concorda com isso, e não se agrada disso; caso contrário, não estaria escrito assim na sua palavra.
Infere-se desse entendimento que esse crente precisa se corrigir diante de Deus, reconhecendo suas falhas, confessando-as, e buscando evitar que aconteçam novamente, se de fato ele quer agradar a Deus em vez de preferir ficar bem diante dos homens.
Pergunta-se: De que adianta um “crente” estar na igreja nesse estado? Que crente é esse, em Deus ou em homens, visto que não busca se corrigir, sabendo que está “constantemente” em pecado de omissão, falsidade, mentira, presunção, diante de Deus? Até quando?
É mister buscar a paz com todos, como nos ensina o nosso Deus, mas isso não requer exageros em tratamentos pessoais que ultrapassem nossos limites morais. É mister saber que Deus sonda as mentes e os corações.
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