Debate teológico sobre “mal” com L e “mau” com U: respostas aleatórias no decurso das postagens
E o Espírito Santo nos revela que estamos fazendo a obra de Deus para salvar almas e as nossas necessidades são supridas pelo poder de Deus de acordo com as nossas necessidades. Ou seja, eu preciso disso ou daquilo, mas ainda não tenho (se o terei, Deus o sabe), e vejo Deus atuar poderosamente no meu ministério, mas certas coisas da minha vida ainda não foram resolvidas (se serão resolvidas de acordo com o meu pensamento, Deus o sabe; a minha vontade nem sempre corresponde à vontade de Deus), mas, na realidade, elas estão todas supridas pelo poder de Deus conforme o que nos é necessário, nem mais nem menos, mas na medida certa daquilo que precisamos no dia que se chama hoje.
Orei ao Senhor sobre o presente tema e sobre as respostas que tenho dado a fim de saber se verdadeiramente o que tenho respondido está de acordo com a mentalidade de Cristo, i.e., considerando que os nossos pensamentos não são os pensamentos de Deus e os nossos caminhos não são os caminhos de Deus. Mas quando os nossos pensamentos e entendimentos estão em consonância, em harmonia com a vontade e a palavra de Deus, o Senhor no-los confirma e temos confiança diante de Deus: “Queridos amigos, se nós não nos sentirmos condenados, poderemos nos sentir confiantes diante de Deus” (1 Jo 3:21).
Tudo o que estou respondendo aqui creio pela palavra de Deus que me foi dada, respondida pelo próprio Deus através da sua palavra escrita, que está plenamente de acordo com a palavra de Deus, como está escrito:
“Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo” (1 Co 2:14-16).
Assim, pela palavra recebida, tenho a convicção da confirmação de Deus sobre o que respondi no debate:
“Mal” não é somente doença. “Mal” pode ser:
Defeito, falha, fraqueza, imperfeição, inconveniência, mácula, mancha, pecado, problema, vício, maldade, crueldade, malefício, malevolência, malfeito, malignidade, nocividade, perniciosidade, perversidade, ruindade.
Assim, o homem perverso, que é mau, sofre de qualquer um dos males descritos acima. Portanto, o que representa a moralidade é o mal praticado ou sofrido pelo homem mau. O homem mau só pratica o mal porque ele é mau. Se fosse bom, praticaria o bem. "O mal que há no coração do homem” — esse mal deve ser escrito com L. O mal que está no coração do homem o impede de obedecer a Deus e o escraviza, tornando-o um homem mau com U.
Meu querido, o seu problema está em não compreender uma coisa que somente Deus possui: a capacidade plena para administrar coisas boas e coisas ruins, bons sentimentos e maus sentimentos. Compreendo a tua dificuldade para discorrer sobre esse assunto; é difícil mesmo. Somente mediante a inspiração de Deus podemos adquirir sabedoria para compreender essas questões. Eu explico isso muito claramente em pelo menos dois dos meus livros através da instrução de Deus: "scr@ps.com.JC" e "Sexo com Deus", respectivamente disponíveis em:
Deus é o criador de todas as coisas porque ele tem o potencial supremo de administrar todas elas, boas ou más. O homem não tem capacidade para administrar os próprios sentimentos se não for pela direção de Deus. O homem pensa que pode viver independente de Deus, mas a verdade é que mesmo um ateu possui espírito e este espírito vem de Deus; portanto, de alguma forma ele sempre tem uma relação com Deus, para o seu próprio bem ou para o seu próprio mal. Por isso que Jesus falou sobre a pedra angular (Lc 20:17,18) que rejeitaram, pedra de tropeço (Is 8:14; 28:14), pois muitos tropeçam nas coisas de Deus.
Essas questões remetemos ao entendimento do livre arbítrio que desde Gênesis Deus colocou sobre o homem para que ele fosse responsável pelos seus atos assim como acontece em Ezequiel capítulo 18. E isso tem a ver com a responsabilidade sobre as próprias ações provenientes dos seus próprios sentimentos com os quais ele decidir permanecer ou erradicá-los — cada um responde segundo as suas obras.
É nesse ponto que se confundem os conceitos de mau e mal. Deus não criou o pecado, mas ele criou o homem dotado de todos os sentimentos que, se não forem bem administrados, podem levar o homem ao pecado. Administrar bem os sentimentos requer sabedoria e a sabedoria é um dom divino. O homem destituído dessa sabedoria não pode desfrutar plenamente da capacidade de administrar bem cada um dos seus sentimentos, i.e., com justiça, retidão e imparcialidade; o homem precisa da sabedoria de Deus, que envolve discernimento espiritual, para compreender as ações e reações humanas em seu estado mais profundo que vai muito além da superficialidade da inteligência humana. Caso o homem não tenha a capacidade para administrar bem os seus sentimentos, ele pode prejudicar a si mesmo devido às suas más escolhas visto que ele tem liberdade para escolher entre o bem e o mal, entre a bênção e a maldição como se lê em Deuteronômio 30:15.
A sabedoria é um dom de Deus. Logo, o homem só tem sabedoria se a receber de Deus. O homem recebe de Deus a capacidade para agir livremente mediante a sabedoria que Deus lhe dá. Porém, em vez de usar essa sabedoria para lidar sabiamente com os sentimentos humanos, tendo a capacidade de os administrar, a pessoa usa seu entendimento humano que é suscetível à fragilidade humana. Ou seja, por exemplo, apossar-se indevidamente do sentimento de ódio — não para justiça, mas para mal: “Minha mulher me traiu com meu melhor amigo. Que ódio! Vou me vingar dele (ou, vou matá-lo, ou vou bater nele, ou nutrir sentimentos de raiva por toda a vida com o agravante do desprezo ao traduzir, e outras ações afins)”. O que de fato poderia operar a justiça de Deus: vingar-se ou perdoar o erro do traidor? Lembrando que está escrito: “A vingança pertence ao Senhor” (Rm 22:19-21). Como um homem reage a uma situação dessa com a sabedoria de Deus e sem a sabedoria de Deus, tendo a liberdade de agir como quiser (livre arbítrio)? O livre arbítrio não exclui o princípio da sabedoria.
A onisciência de Deus significa que Deus sabe de todas as coisas, conhece todas as coisas, tanto as que existem quanto as que não existem. O problema original foi a desobediência diante do desejo pelo fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Deus não queria robotizar suas criaturas, e por isso alertou o homem sobre as consequências de seus atos mediante a liberdade que recebeu de Deus, mas Deus não o eximiu do ato da obediência.
Deus criou todas as coisas, todas, e todas designadas para cada propósito seu e para isso o Senhor criou o mal com L de modo que o mau com U só ocorre, só passa a existir quando o seu ser se apropria do mal com L qualquer que seja esse mal. Então ele se torna mau com U por livre escolha, sem a interferência de Deus, mas ele ainda recebe um alerta de Deus sobre o bem e o mal (Dt 11 e Dt 30) pelo que Deus exerce sua influência sobre ele, mas ele tem o poder dado por Deus de escolher o caminho que vai seguir, consciente de suas consequências; ele se torna responsável pelos seus atos. Ele cai em desobediência por livre agência de acordo com o livre arbítrio originalmente dado ao ser humano. O mau com U só existe em decorrência do mal com L. Deus sabe o que faz! Deus é justo.
A liberdade ligada ao livre arbítrio tem tudo a ver; caso contrário, a Bíblia que é a palavra de Deus seria mentirosa porque em toda ela se encontra menção ao fato de que cada um responde segundo as suas obras, e, se é assim, o livre arbítrio se confirma pela própria palavra de Deus. Algumas referências no AT e no NT dentre tantas outras que confirmam essas palavras: (Sl 28:4; Jr 17:10; Ez 33:20; Mq 7:13; Mt 12:36; 16:27; Lc 23:41; Rm 2:6: 14:12; Gl 6:7,8; Ap 2:23; 20:12; 22:12).
Almas precisam ser salvas livros do engano. Está escrito: “Meus amados irmãos, não vos permitais ser enganados” (Tg 1:16). “Os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados” (2 Tm 3:13). Precisam de Cristo e não necessariamente de cristianismo como religião. Religião não salva ninguém. Quem salva é Jesus Cristo. Há muito engano quanto a esses temas pelo que as pessoas confundem os entendimentos e por isso estão dando brechas para a perda da sua salvação. Desperta enquanto é tempo. Jesus é o caminho, a verdade, e a vida. Os judeus fariseus, por exemplo, não acreditaram em Jesus. Para saber quem é Jesus basta ler com o espírito o Novo Testamento e só assim se poderá compreender os dois concertos. Não dê brechas para o inimigo da tua alma.
“E isto é o que ele ordena: devemos ter fé no nome do seu Filho Jesus Cristo e amar uns aos outros, exatamente como ele nos mandou fazer. Aqueles que cumprem os seus mandamentos continuam a viver unidos a Deus, assim como Deus vive unido a eles. Nós sabemos que ele está em nós, por meio do Espírito que ele nos deu” (1 Jo 3:23-24).
Deus criou todas as coisas. Deus criou o MAL para os seus propósitos e cada pessoa tem a liberdade para agir segundo o seu próprio entendimento sem a interferência de Deus, mas Deus alerta sobre as escolhas que se fazem considerando as respectivas consequências. O homem foi criado BOM por Deus, mas pode se corromper mediante sua livre agência diante de determinadas circunstâncias; então, se sua ação é caracteristicamente ruim é porque se pauta no MAL e ele por sua própria responsabilidade se torna MAU. Ser MAU, portanto, é consequência de aceitar o MAL, massagear o ego com o MAL, pensando que está fazendo um bem para si mesmo, e colocar esse MAL em prática. Eu desejo ser capaz de usar o meu livre arbítrio para não pecar. Porém, como está escrito: “Não há homem que não peque” (1 Rs 8:46; Ec 7:20). E no entanto, mesmo que cometamos pecado, temos o nosso advogado, Jesus Cristo (1 Jo 2:1), para nos livrar da condenação quando verdadeiramente nos arrependemos.
Nada do que penso e digo é romantismo, mas o desejo fiel de corresponder aos ensinamentos de Deus. Creio que busco corresponder à fé com que Deus me galardoou.
O casal tinha o poder de escolha para fazer ou não fazer. Eles decidiram fazer, tendo sido previamente advertidos por Deus para não o fazer, mas não foram proibidos por Deus para não o fazer. Deus tinha todo o senso de justiça na sua mente — cada um responderá pelos seus feitos, mediante o senso da obediência que eles deveriam ter manifestado, pois, afinal de contas, eles eram criaturas de um Criador a quem deveriam ter o privilégio de obedecer —, dando a oportunidade ao homem de se manifestar livremente, não sendo robotizado por Deus.
O fato de Deus saber que eles comeriam do fruto não era empecilho para prosseguir com o teste da obediência. Esse teste na realidade era uma oportunidade que Deus estava dando para o homem manifestar o seu livre arbítrio em desejar corresponder à sua vontade e não a própria vontade. Deus provou o homem, mas satanás o tentou. Lembre-se: "Eu, o Senhor, examino os pensamento e ponho à prova os corações, e isso para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações" (Jr 17:10).
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