Analisemos o que é “estar afastado de Deus"
Muitas vezes, ser frequentador assíduo da igreja, cumprir com todos os rituais e sacramentos, colaborar com a obra na igreja, isso nem sempre significa estar com Deus. Então, como se dá o afastamento de Deus? *Quando conhecemos o nosso pecado, mas não o reconhecemos diante de Deus; *Quando agimos com malícia, mas a reputamos por útil e preciosa para estar bem ou por cima; *Quando somos hipócritas, agindo com legalismos farisaicos na igreja, dando mais ouvidos às vozes dos homens religiosos do que à voz de Deus; Porque, já se ouviu dizer que “não importa se está escrito na Bíblia ou como está escrito, pois prefiro fazer o que está no meu coração e que é ordenado na igreja”. — Se Deus falar para você não fazer o dízimo, por exemplo, porque não é ordenado no Novo Testamento, você o fará? — Sim, eu o farei porque se eu não o fizer, não estarei em paz com a minha consciência. Contudo, não reconhece que está em desarmonia com a ordem de Deus e com a verdade da sua palavra, além de não assumir que está em desobediência a uma ordem expressa do próprio Deus que uma vez estipulou o dízimo como obrigatório, considerando os contextos, e outra vez o desobrigou sob o tempo da graça dada por Jesus. Quando a consciência não se coaduna com a vontade de Deus, torna-se capricho humano em nome da exaltação humana. No entanto, se disser: “Vou ajudar na tua obra.” Isso agrada ao Senhor, pois Deus ama ao que dá com alegria (2 Co 9:7). Fazê-lo deliberadamente em seu coração por uma questão de consciência diante do irmão necessitado — dando ao irmão está dando a Deus (Mt 25:40): dar a Deus e não a fariseus. Nunca dar por constrangimento mediante legalismo imposto que favorece o bolso de pastores abastados cujas palavras persuadem ao medo através da pregação errônea da palavra, aproveitando-se de versículos bíblicos (Jl 2:25; Ml 3:10,11) sem a devida interpretação do contexto que não se refere exclusivamente à fidelidade exigida nos dízimos e nas ofertas daquela época por causa da necessidade dos sacerdotes (Jl 1:9), mas principalmente para se referir à questão do arrependimento para salvação visto que a memória de Deus já estava apagada da mente e do coração do povo daquela época que antes era um povo de Deus, mas o substituiu por outros deuses, adorando-os em desobediência a Deus. Hoje nas igrejas, como no passado (AT), busca-se mais a teologia da prosperidade sob o formato de “outros deuses” do que o próprio Deus que jaz esquecido nas mentes e corações em vista das promessas de pastores sobre ganho fácil e rápido. Esquecem de Deus hoje como esqueceram no tempo de Joel. E assim a advertência ao arrependimento continua, mas muitos preferem continuar obedendo a ensinamentos de homens religiosos mercenários a dar ouvidos ao que de fato Deus ensina. Assim, longe de Deus, cada um faz o que parece reto aos seus olhos como se o Rei Jesus não existisse, à semelhança de Juízes 21:25 onde se lê: “Naqueles dias, não havia rei em Israel, porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos.” *Quando condenamos um irmão como se fôssemos isentos de culpas, iguais ou diferentes; *Quando desprezamos o próximo por julgá-lo distante da graça de Deus por não ter alcançado certas bênçãos como ele alcançou, julgando-se melhor, e, com isso, renegando a vontade de Deus para cada um; *Quando escolhemos viver de aparências para mostrar uma falsa realidade que me enaltece diante dos homens; *Quando trocamos as coisas de Deus pelas coisas do mundo, acreditando nas suas vantagens em detrimento do favor de Deus, quer na grandeza ou na humildade, pois Deus abençoa quem merece em qualquer circunstância. Cada crente fiel é o santuário de Deus que precisa ser cuidado e alimentado pela sua palavra poderosa que está escrita e dá vida, permitindo o suprimento das suas necessidades, e não o que não está escrito que é criado pelos homens de má-fé.
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